terça-feira, 22 de março de 2011

O bom filho à casa torna!

Por Anne Rodriguez - São Paulo/SP

Sim. O Meio Ambiente continua em pauta nos meus pensamentos, na minha profissão, no meu desejo de fazer a diferença no mundo. Portanto, preciso voltar a postar e a falar sobre um dos temas que mais me motivam a ser jornalista.

Eu não desisti de falar sobre Meio Ambiente, tampouco me desinteressei pelo assunto. E por isso, não posso continuar sendo omissa no blog e deixando de expor minhas diversas reflexões sobre o que tem acontecido no nosso planeta.

Até porque, tenho uns bons seguidores (e que bom!), os quais me incentivaram a voltar a escrever aqui. Obrigada a todos que compartilham comigo esse interesse em falar sobre natureza, recursos naturais, sustentabilidade.

Vamos lá! Avante.

A boa filha ao blog torna. E no Dia Mundial da Água!
Uma boa data para “recolocar” a Natureza em Pauta.

#ficadica
A Agência Nacional de Águas (ANA) divulgou hoje o estudo “Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água”, no qual revela que o Brasil corre o risco de chegar em 2015 com problemas de abastecimento de água em mais da metade dos municípios. Entre as cidades afetadas estão São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e o Distrito Federal. O percentual representa 71% da população urbana do país, 125 milhões de pessoas, já considerado o aumento demográfico.

Para saber mais, clique aqui. (via @UOLNoticias)

Ainda dá tempo de fazer alguma coisa! Confira.



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Anne Rodriguez
Graduada em Jornalismo
E-mail: anne_jornalismo@yahoo.com.br

quinta-feira, 26 de março de 2009

CONDOMÍNIOS AUTO-SUSTENTÁVEIS (CAS)

Por Anne Rodriguez - Vale do Paraíba/SP

Um CAS, resumindo, é uma espécie de mistura de Kibutzim, ecovila, fazenda ecológica e condomínio, utilizando-se da Agroecologia e administrado como uma empresa eficiente e eficaz

Um CAS é uma "empresa ecológica" em forma de condomínio. É uma "fábrica de fartura".

Em um CAS, cada módulo de sustentabilidade, como pomar, horta, geração de energia alternativa, etc, é tratado como um departamento de uma empresa, como em uma fábrica: tem plano de produção, alocação de custo, mão-de-obra, etc.

Nos CAS, os residentes exercem trabalhos voluntários em troca dos itens de sobrevivência produzidos nos módulos de sustentabilidade dentro do próprio CAS. O valor mensal de condomínio é pago com trabalho voluntário ou com dinheiro, dependendo da vontade do residente. O CAS viabiliza a sobrevivência com a maior qualidade de vida possível, a um custo que chega a ser 10 X mais baixo, podendo esta sobrevivência ser paga com trabalho voluntário dos residentes no CAS.

Os CAS criam qualidade de vida a qualquer classe social, recuperam a população mais pobre, social e economicamente e, ao mesmo tempo, recuperam TODO E QUALQUER AMBIENTE DEGRADADO.

O CAS é considerado pelos australianos a instituição mais avançada na história da humanidade. A única que consegue recuperar simultaneamente o meio ambiente e a população, social e economicamente.

Através dos CAS todos os problemas sociais, econômicos, ambientais e fundiários são resolvidos de forma definitiva a um custo baixo e nossa sociedade poderá ser redirecionada em equilíbrio para o futuro.

Há um livro que descreve em detalhes os CAS: “A Reinvenção Inteligente da Sobrevivência”.

Texto enviado pelo Prof. Dr. Adilson Roberto Gonçalves
Departamento de Biotecnologia - DEBIQ
Escola de Engenharia de Lorena - Universidade de São Paulo EEL-USP

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Anne Rodriguez
Graduada em Jornalismo
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segunda-feira, 7 de julho de 2008

Os nomes dos bois

Por André Trigueiro - Rio de Janeiro/RJ

O Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC) considerou insuficientes as informações dadas pelas três maiores redes varejistas do país – Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart – a respeito da origem da carne bovina vendida nestes estabelecimentos.

O Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC) considerou insuficientes as informações dadas pelas três maiores redes varejistas do país – Carrefour, Pão de Açúcar e Wal-Mart – a respeito da origem da carne bovina vendida nestes estabelecimentos. Através das respostas enviadas ao Instituto, chegou-se à conclusão de que os supermercados não dispõem hoje de meios seguros e isentos para aferir se a produção de carne causa desmatamento ou explora mão-de-obra escrava ou infantil.


A rastreabilidade da carne é condição fundamental para a redução do desmatamento em uma região onde, de acordo com o IBGE, a população de bois dobrou nos últimos 10 anos, alcançando a marca de 73 milhões de cabeças de gado (três vezes superior à população de brasileiros que vivem na área da Amazônia Legal). Um terço da carne hoje exportada pelo Brasil tem origem na Amazônia.


Considerando que 18% da maior floresta tropical úmida do mundo já foram destruídos, e que a derrubada de árvores na Amazônia para a abertura de novos pastos responde por 80% dessa devastação, o consumidor de carne torna-se, na prática, um avalista dessa tragédia ambiental. A inexistência de carne certificada inviabiliza qualquer tentativa de privilegiar os segmentos do mercado que atuam na legalidade em toda a cadeia produtiva. Os bons pecuaristas têm a reputação abalada pela impunidade dos que atuam na clandestinidade, e tornam-se competitivos apenas porque não recolhem impostos.


Para piorar a situação, a construção de frigoríficos em áreas de floresta vem sendo financiada por bancos oficiais e privados sem qualquer estudo prévio que possa revelar com clareza os impactos ambientais causados pela aplicação desses recursos. Segundo o relatório produzido pela organização não-governamental Amigos da Terra (“O reino do gado – uma nova fase na Pecuarização da Amazônia Brasileira”), “a proliferação de abatedouros, assim como a compra de muitos deles por grandes grupos que os ampliam e equipam, é financiada principalmente com apoio financeiro do BNDES, e em certa medida de bancos multilaterais como o IFC (grupo ligado ao Banco Mundial) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e de bancos comerciais, entre os quais Itaú, Banco do Brasil e Bradesco”.


O que deveria valer para a carne é igualmente importante para os mercados de soja e de madeira. A moratória da soja – renovada recentemente – assegura aos importadores europeus o fornecimento de grãos plantados em áreas onde não houve desmatamentos recentes (de 2006 para cá). Por que não ampliar essa exigência para o mercado interno?


No mercado madeireiro, o exemplo também poderia vir de cima. Toda a madeira bruta ou processada comprada pelos governos (federal, estaduais e municipais) deveria ser certificada, priorizando-se nas licitações públicas os fornecedores que seguem à risca os planos de manejo.


A certificação não está imune à fraude, e qualquer movimento nesta direção demandará novos esforços de fiscalização e controle. Mas é muito bem-vindo o compromisso do Ministério do Meio Ambiente de mobilizar os esforços necessários para identificar a origem desses produtos e dividir com o consumidor a tarefa de proteger a floresta.


A rigor, quando a certificação obtida por meios confiáveis é entendida como algo elementar e referencial nas relações comerciais, todo e qualquer produto ou serviço – não apenas os da Amazônia – são passíveis de algum selo que ateste o cumprimento desse check-list socioambiental. Imóveis, veículos, roupas, eletrodomésticos, tudo o que demanda uso de mão-de-obra, matéria-prima e energia, merece algum tipo de certificação. Entramos no século XXI experimentando uma crise ambiental sem precedentes, com direito à exploração de crianças e escravos em linhas de montagem abomináveis. Quem compra o resultado dessa lógica perversa é responsável por isso.




A sociedade de consumo possui ferramentas sofisticadas e inteligentes de promover ajustes no mercado em favor da sustentabilidade. A disposição dos consumidores em comprar produtos e serviços sustentáveis já foi amplamente confirmada por pesquisas no Brasil, repetindo um fenômeno que já se consolidou na maioria dos países desenvolvidos. Entender o consumo como um ato político é um sinal de maturidade civilizatória, de respeito à vida e ao próximo.




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Anne Rodriguez
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quarta-feira, 16 de abril de 2008

Audiência de Sustentabilidade - Água de reúso

Por Anne Rodriguez - Vale do Paraíba/SP


A 6ª Audiência de Sustentabilidade, promovida pela SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de Sao Paulo) aborda o tema "Água de reúso".




Poupando água potável. Você sabia que o reúso da água pode ser destinado a diversos fins urbanos, rurais e industriais? Na 6ª Audiência de Sustentabilidade, a SABESP irá apresentar algumas possibilidades de reúso deste recurso natural que é finito: a água potável.
A água já usada, que recebe um tratamento específico, pode ser reaproveitada para a lavagem de ruas, pátios, carros e até mesmo para a irrigação de lavouras. Na indústria, o reúso da água se aplica em lavagm de equipamentos e reserva de combate a incêndio, por exemplo.
A 6ª Audiência de Sustentabilidade - Água de reúso pretende ser um espaço de discussão junto à sociedade sobre as questões ambientais viáveis que podem ser aplicadas já nas cidades paulistas. O evento será no próximo dia 22 de abril, a partir das 8h30, no Complexo Costa Carvalo, em Pinheiros. Toda a população está convidada a participar.

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Anne Rodriguez
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sábado, 5 de abril de 2008

Livro mostra belezas do Parque Nacional do Itatiaia

Por Anne Rodriguez - Vale do Paraíba/SP

O engenheiro agrônomo Helton Perillo Ferreira Leite lança o livro "Planalto do Itatiaia - Região das Agulhas Negras" no próximo dia 11 de abril.


Conheça algumas das belezas do Parque Nacional do Itatiaia nas páginas do livro PLANALTO DO ITATIAIA – Região das Agulhas Negras, escrito por Helton Perillo Ferreira Leite. O lançamento oficial será no dia 11 de abril, às 20 horas, na Casa da Cultura de Lorena.



Mais informações no site www.webng.com/itatiaia


Um país se faz com homens e livros (Monteiro Lobato)
Dê livros de presente. Livro também é cultura.
O livro é a melhor de todas as naves, ele nos leva a locais impossíveis.

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Anne Rodriguez
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segunda-feira, 31 de março de 2008

Novidades!

Por Anne Rodriguez - Vale do Paraíba/SP

Primeira novidade: estou morando temporariamente no México. Segunda novidade: o blog fechou uma parceria com o Portal ValedoParaíba.com ¡Conheça!


Estou há dois dias no México. Vim para cá estudar espanhol por três meses. Por conta dos dias que antecederam a viagem, e por ficar sem Internet em casa, me ausentei por um grande tempo do meu blog. Quero pedir desculpas para os internautas, e aproveito para avisar que mesmo estando por aqui, no México, irei manter este blog atualizado com diversars notícias sobre o Meio Ambiente.
Com muita alegria, comunico também a parceria com o Portal ValedoParaíba.com

Acessem!

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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

As novas pautas da sustentabilidade*

Por Anne Rodriguez - Vale do Paraíba/SP

O ano de 2007 teve início com previsões alarmantes sobre o futuro do planeta. A mídia acompanhou a revelação de diversos especialistas no assunto e expôs com demasiada freqüência as informações sobre o atual desequilíbrio ambiental.


O Meio Ambiente está em pauta nos principais meios de comunicação, isso é inegável. No entanto, ao contrário do que se possa pensar, o tema não é um mero modismo. Meio Ambiente é um assunto que veio para ficar. Porém, a mídia ainda não se deu conta da responsabilidade que tem nesse processo. O que ocorre é que as redações jornalísticas estão despreparadas para abordar o tema com toda sua complexidade, como justifica o jornalista Sérgio Vilas Boas, autor do livro Formação e Informação Ambiental: jornalismo para iniciados e leigos.

Concomitantemente, a Humanidade vive a Era da Informação. O homem moderno recebe mais informações em um único dia do que um homem do século XVI recebeu em toda a sua vida. As pessoas estão expostas constantemente ao fluxo de informações gerado, principalmente, pela mídia. Nesse contexto, os meios de comunicação exercem influência sobre hábitos, comportamentos e costumes da sociedade.

O jornalista André Trigueiro, autor do livro Meio Ambiente no Século 21, alerta, “a mídia não pode tudo, mas pode muito”. Os jornalistas, em especial, devem incluir com rigor e urgência nas redações a abordagem ambiental. O tema não se insere apenas nos furos de reportagem sobre catástrofes naturais, acidentes ambientais ou contrabando de animais.

Em um mundo, por exemplo, onde o problema da fome ainda não foi resolvido e a agricultura gera diversos impactos ambientais, se faz urgente a necessidade de se discutir o desenvolvimento sustentável a nível local. O tema está diretamente relacionado a economia, política, energia e hábitos de consumo.

A pauta ambiental não deve se tornar mais uma editoria no jornal, na revista, no rádio ou na televisão. O jornalismo ambiental deve ser exercido em todas as pautas, nas diversas editorias. Do contrário, a segmentação das notícias ambientais irá comprometer a articulação dos saberes. Segundo o jornalista Wilson da Costa Bueno, “esta fragmentação empresta a cobertura olhares parciais, geralmente equivocados da questão ambiental, de seus problemas e soluções”.

A afirmação encontra eco nas palavras de André Trigueiro, que garante que enquanto houver editorias ambientais, secretarias de meio ambiente e jornalistas ambientais, as pessoas não saberão compreender o meio ambiente de modo sistêmico. Para a consolidação do desenvolvimento sustentável do planeta, o olhar sistêmico é aquela postura que garante a Humanidade compreender que todos os problemas estão interligados e são interdependentes.


Eu e André Trigueiro durante o II Fórum Paulista de Jornalismo Ambiental, em São Paulo


O jornalista deveria começar a ampliar a sua visão do que é meio ambiente ainda na faculdade. Mas, por enquanto, o jornalismo ambiental não é uma disciplina obrigatória nas grades curriculares das faculdades brasileiras de jornalismo. A visão sistêmica precisa ser cultivada, em especial, nas redações. Só então, será possível vislumbrar novas pautas da sustentabilidade.

O jornalista, comprometido com o desenvolvimento sustentável do planeta, é aquele que saberá incluir a abordagem ambiental em qualquer que seja a editoria na qual esteja cobrindo. Não é preciso existir jornalistas ambientais em todas as redações. O que deve existir são jornalistas capazes de relacionar o tema Meio Ambiente aos demais segmentos da sociedade.


*Artigo escrito em Novembro de 2007 para a Revista TCCendo, produzida pelos formandos em Jornalismo da FATEA - Lorena/SP - Turma de 2007.

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Anne Rodriguez
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